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sexta-feira, 1 de julho de 2011

SER... HUMANO!

Não sei o que me está acontecendo
Cadê a poesia escondida dentro de mim?
Cadê aquela inspiração dos dias primaveris?
Olhando para essa tela vejo um branco luminoso
Encantador... mas que não é capaz de me doar
Nem um minuto de inspiração.

Uma revolta me consome... Tenho medo de virar robô
Não nasci para robô, não me alimento de fibras óticas.
Minhas células nervosas não são feitas de chips
Não possuo fios nem filamentos
Minha memória não é cibernética
Minha lógica não pensa de forma automática
Todavia é capaz de mudar o mundo...

Não sei o que fizeram com o homem.
Querem transformá-lo em palco
Mas esquecem que ele é protagonista
Querem robotizá-lo,
Mas esquecem que ele é emoção.

Não sei o que fizeram com o homem do século XXI.
Ele não mais é senhor de si mesmo
Não tem mais autonomia pensante
As máquinas pensam por ele.

Ser social parece cafona
Dizer “EU TE AMO” parece fora de moda
Chorar é coisa de fracos
Que diabos fizeram do homem?
Cadê a pracinha dos namorados?
O cinema das tardes de domingo?
O circo que fazia brilhar os olhos infantis?

Cadê a comadre que levava um pedaço de bolo para a vizinha?
A menina prendada que colecionava sonhos?
Cadê aquele baile que encantava amantes?
A lua faceira, inspiração dos apaixonados, não mais inspira.
Está encoberta pelas nuvens de fumaça das grandes cidades.

Tenho medo, muito medo...
Medo dos homens, esses loucos!
Que trocaram o prazer do contato
Pela solidão luminosa das horas
Tenho pena, pena dos homens.
Que trocaram a conversa ao pé da janela
Pela sucessão de letrinhas dos chats de computador.

Sinto falta do tempo em que os homens eram mais homens
E as mulheres... Mais mulheres!

Qual o destino de quem abdicou de ser aquilo que sempre foi?
SER HUMANO!

3 comentários:

Tô informando disse...

Muito bom Erisvaldo. Parabéns!
Realmente a humanidade caminha para um destino vil e o mais triste é que sabemos que não tem mais volta...

Erisvaldo disse...

Uma pena mesmo, Edson! Obrigado pelo comentário.

Vanessa... disse...

Adorei esse texto.. parabéns!