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terça-feira, 26 de julho de 2011

PROFESSOR: PROFISSÃO SACRIFÍCIO


            Estou tendo uma espécie de aversão a esse nome: Professor! Pior: quando nos chamam de Educador. Ora, Educador? Professor? Psicólogo, Pai, Mãe, Juiz de Paz na Roça, Orientador, Conselheiro? Afinal, que diabos é o professor? Já que acumula tantas qualificações, certamente esse profissional deve ser o mais bem pago entre todos os profissionais. Vejamos por que ele é tão bem pago e quase ninguém mais quer ser esse Coisa. Vejamos por que ele é tão bem servido de meios e condições de trabalho e não aparece mais ninguém querendo enfrentar as “criancinhas” educadas na sala de aula. Ironia é uma palavra querendo significar outra, nunca esqueça disso.
            Querem que os professores salvem o mundo com quadro e giz.” Depoimento este dado pela professora do Rio Grande do Norte, Amanda Gurgel. Gurgel ficou conhecida em todo o Brasil após silenciar deputados e secretários estaduais com um discurso bombástico onde aponta, em síntese, o péssimo tratamento que a educação do Rio Grande do Norte vem recebendo e, por extensão, a Educação Brasileira.
            Quando ela coloca o verbo na 3ª pessoa do plural, “querem”, formando uma oração com sujeito indeterminado, ela, ironicamente, mais que determina quem são os grandes vilões da educação pública brasileira: governos municipal, estadual e federal. Sem eximir-se de sua responsabilidade como professora, ela aborda o tema numa perspectiva hierárquica onde os principais culpados por uma educação sempre decadente, desprezada e não séria é o Estado. Em números:
            O número de formandos de 2005 a 2009 caiu pela metade segundo O Estadão, edição de 02 de fevereiro de 2011. Ora, como pode? Como pode uma profissão tão rentável não despertar na população o gosto em segui-la? Por que esses teóricos maníacos ainda insistem em dizer que professor ganha bem, que têm condições respeitáveis de trabalho? E que os professores são os responsáveis pela diminuição dos índices de analfabetismo? Ora, perguntem a um professor da rede pública qual deles têm um filho estudando na rede pública? Vocês terão uma bela surpresa. Perguntem também qual deles está feliz em ser professor? Qual deles orienta os filhos para serem professores? Terão belas surpresas que, entre outras coisas, evidenciam que ser professor no Brasil é realmente uma merda. E não tenho remorso de usar essa palavra, pois ela expressa realmente o que é ser professor no Brasil. Uma merda! Com exceção da merda do boi, que serve de estrumo, não sejamos injustos com os ruminantes que nos fornecem o leite e a carne.
            Agora me aparece um monte de patetas mulheres e homens teóricos querendo esconder o sol com uma peneira. Caiamos na realidade...sem fantasias, sem falsos julgamentos, sem hipocrisia...duvido que um médico, um jornalista, um advogado, um engenheiro não orientem seus filhos a seguirem suas profissões...só o Coisa, chamado erroneamente no Brasil de professor, não tem coragem de colocar seu filho numa sala de aula para ministrar aulas... Por quê? Hein!? Teóricos da triste fantasia?
            Gosto do Cristóvão Buarque, ele sim, sabe pelo que a Educação no Brasil passa... possui até ideias bacanas para transformar a Educação no Brasil, como a federalização total e gradual de todo o ensino no Brasil, a valorização do magistério, a formação continuada e bonificada dos professores, as condições dignas e humanas de trabalho...mas Educação não gera votos... né? Bando de teóricos refestelados em poltronas maciais e salas ar condicionadas!!!! Saiam daí e venham tomar conta de 30, 40, 50 alunos empilhados em salas de aula sujas e sem carteiras...aí sim, você podem voltar para suas poltronas...certamente criarão teorias melhores.
Para concluir,
Eu não aconselho meu filho a ser professor. Você aconselha? Então, quando for “meter a ripa” em professor, pense duas vezes. 

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